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Conselheiro Tutelar entra com ação contra prefeitura de Sertânia por oferecer DIU a ´mulheres a partir de 11 anos`.

 


  Após receber várias denúncias sobre o informe, o Conselheiro Tutelar Tiago Medeiros protocolou junto ao Ministério Público e ao Conselho Tutelar de Sertânia, uma representação contra a prefeitura e a secretaria de saúde do município, referente a divulgação nas redes sociais da gestão, onde é oferecida a colocação de DIU ( dispositivo intra uterino ) em mulheres de 11 a 59 anos.


Segundo o conselheiro, a publicação na página da prefeitura propõe a aplicação de tal dispositivo em crianças de 11 anos, o que vai de encontro ao que alerta o Estatuto da Criança e do Adolescente.

´´vale salientar que este dispositivo é pra mulheres que tenham vida sexual ativa e não desejam engravidar em breve, logo a idade mínima conforme art 217-A CP, estabelece idade mínima para relações a partir de 14 anos (com consentimento), abaixo disso configura estupro de vulnerável.  Esperamos as medidas por parte dos órgãos responsáveis, e torcemos que tenha sido apenas um erro de digitação`` disse Tiago.  

Em suas redes sociais, Tiago deu detalhes sobre a representação.

 


 O DIU é um método contraceptivo disponibilizado de forma gratuita pelo SUS,  com eficácia superior a 99% e a segurança do método é similar a de uma laqueadura. Segundo o que preconiza o Ministério da Saúde, qualquer mulher que tenha vida sexual ativa, com idade na adolescência até a menopausa pode utilizar o dispositivo, que tem a finalidade de evitar uma gravidez indesejada.
 
Na Câmara dos Deputados tramita o projeto de lei 1328/22 de autoria do Deputado José Nelto (PP-GO) que garante o fornecimento gratuito de dispositivos intrauterinos (DIU) hormonais às mulheres em situação de vulnerabilidade pela rede pública de saúde.

De acordo com o projeto, são consideradas mulheres em situação de vulnerabilidade, independente de terem ou não tido filho:

- adolescentes de 15 a 18 anos em situação de pobreza, desde que já tenha menstruado, e sejam representadas pelos responsáveis legais e manifestem vontade própria;

 A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Até o momento, a prefeitura de Sertânia não se manifestou sobre o assunto.

Fonte: Agência Câmara de Notícias