O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), participou nesta sexta-feira (6) da inauguração da nova unidade de reciclagem e metais do Grupo Moura, em Belo Jardim, no Agreste.
O investimento de R$ 850 milhões deve dobrar a capacidade de reciclagem de chumbo da empresa.
“O complexo industrial aqui, em Belo Jardim, produz 60% das baterias veiculares do nosso país e com quase 100% de reciclabilidade. Então, evitando pegar o chumbo nas minas, reaproveita, gera emprego na cadeia da economia circular e tem melhor competitividade, reduz custos e ajuda o meio ambiente, porque tem menor pegada de carbono”, afirmou Alckmin, que exerce a presidência durante viagem oficial de Lula à França.
O presidente em exercício lembrou que o governo federal lançou, em 2023, o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), para impulsionar a descarbonização, a inovação e a competitividade da cadeia automotiva brasileira.
“É um crédito financeiro, esse ano R$ 3,8 bilhões; o ano que vem R$ 3,9 bilhões. Até 2028, R$ 19 bilhões para estimular eficiência energética, veículos que têm mais energia, poluindo menos, estimulando eficiência energética e reciclabilidade”, disse Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Alckmin mencionou ainda que governo federal está preparando o lançamento do primeiro leilão de armazenamento de energia, considerando ser o Brasil o quinto maior país do mundo em energia solar e eólica, sendo grande parte produzida na região Nordeste.
Durante o evento, a governadora Raquel Lyra (PSD) anunciou que a obra de duplicação da BR-232 até o município de Serra Talhada, no Sertão, será dividida em quatro etapas.
O primeiro trecho, que está com projeto em desenvolvimento, seguirá de São Caetano até Belo Jardim.
A duplicação da BR-232 de São Caetano até Serra Talhada tem 264,9 km de extensão e está contemplada no pacote de obras do Novo PAC, do governo federal.
De acordo com o Departamento de Estradas e Rodagem de Pernambuco (DER-PE), a primeira etapa vai até Belo Jardim e tem o valor estimado em R$ 256 milhões. A licitação da obra será lançada após a conclusão do projeto, segundo o governo estadual.
“Essa é uma obra muito aguardada, sonhada há muitos anos pelos pernambucanos e fundamental para impulsionar nossa economia. Essa fábrica é um expoente da indústria automotiva. É garantindo estrada de qualidade, mais água e estabilidade jurídica que vamos avançar para gerar mais empregos, atrair investimentos e melhorar a qualidade de vida da nossa gente”, disse a governadora.
Atualmente, o Grupo Moura responde por cerca de 40% de toda a reciclagem de baterias no país e se constitui na maior recicladora de chumbo da América do Sul. A empresa desenvolve um programa ambiental que possibilita a reinserção de materiais estratégicos no processo produtivo da organização, com destaque para o chumbo, insumo de alto valor agregado.
De acordo com a empresa Moura, a planta tem sistemas de abastecimento por energia eólica, uso consorciado de oxigênio e gás natural em seus fornos, que contribui para reduzir as emissões, e estrutura para armazenar até 40 milhões de litros de águas pluviais, devidamente inseridas no processo produtivo. O grupo tem oito plantas industriais – sete no Brasil e uma na Argentina – e fabrica cerca de 10 milhões de baterias por ano e conta com cerca de 6.800 colaboradores.
O novo empreendimento gerou 300 empregos diretos e indiretos. Quando estiver em operação, a nova planta dobrará a capacidade de reciclagem de chumbo da Moura.
O material reciclado é reintegrado ao processo produtivo de novas baterias, reduzindo, assim, a necessidade de extração de chumbo primário para um novo produto.
Também acompanharam a inauguração a segunda-dama Lu Alckmin, os prefeitos de Belo Jardim, Gilvandro Estrela (União Brasil), de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (sem partido), e do Recife, João Campos (PSB), além do senador Fernando Dueire (MDB-PE) e do ministro das Comunicações, Frederico Siqueira Filho.
Fotos: Miva Filho/Governo de Pernambuco
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