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Brasil teve menor número de nascimentos desde 1976, diz IBGE sobre 2023


Em 2023, o Brasil registrou 2,52 milhões de nascimentos ocorridos no ano, uma queda de 0,7% em relação a 2022, quando foram registrados 2,54 milhões de nascimentos, menor número desde 1976.

Esse é o quinto recuo consecutivo na série histórica, iniciada em 1974.

Os dados são das Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta sexta-feira (16) pelo IBGE.

A pesquisa aponta diminuição no número de registros de nascimentos em todas as grandes regiões, com exceção da Centro-Oeste, com aumento de 1,1%. Entre as unidades da federação, 18 apresentaram queda, com destaque para Rondônia (-3,7%), seguida pelo Amapá (-2,7%), Rio de Janeiro (-2,2%), Bahia (-1,8%) e São Paulo (-1,7%). Entre as nove UFs que apresentaram alta, destacam-se Tocantins (3,4%) e Goiás (2,8%).

Foram registrados no total 2,60 milhões de nascimentos em 2023, sendo a maioria (2,52 milhões) correspondente a crianças nascidas em 2023 e registradas até o primeiro trimestre de 2024, em conformidade com a legislação. Por outro lado, 75 mil registros (2,9%) foram de nascimentos que ocorreram em anos anteriores ou em ano de nascimento ignorado, e mais de 63% desses registros são de pessoas que residem nas regiões Norte e Nordeste.

Em 2023, 87,7% dos registros de nascimentos no País foram realizados no prazo de até 15 dias e 98,8% em até 90 dias. As áreas com mais de 20% dos registros realizados após os 90 dias estão concentradas em 16 municípios, sendo 12 deles pertencentes à Região Norte, três ao estado do Piauí e um ao estado de Mato Grosso.

Segundo projeções divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira vai começar a encolher em 2042. Segundo os números, o país sairá dos atuais 203 milhões para 220 milhões em 2041 e, a partir do ano seguinte, começa a encolher até chegar a 199,2 milhões em 2070.

Em 2023, mães de 30 anos ou mais respondem por 39% dos nascimentos registrados

A gerente da pesquisa, Klívia Brayner, comenta que, assim como a redução da natalidade e da fecundidade, também o envelhecimento do padrão de fecundidade vem sendo sinalizado nos últimos Censos Demográficos. Isto se observa no aumento do número de registros de nascimentos gerados por mulheres mais maduras.

Entre os anos de 2003 e 2023, a representatividade de nascimentos gerados por mães com 30 a 34 anos de idade aumentou de 14,6% para 21,0% do total de nascimentos. No mesmo período, para os nascimentos gerados por mães com 35 a 39 anos de idade, a variação subiu de 7,2%, em 2003, para 13,7%, no ano de 2023.

Houve diminuição do número de registros de nascimentos gerados por adolescentes com até 19 anos de idade no Brasil, variando de 20,9% em 2003 para 11,8% em 2023. O recuo aconteceu em todas as grandes regiões, apesar das proporções ainda expressivas, especialmente nas regiões Norte (18,7%) e Nordeste (14,3%). 

A maioria (25,5%) dos registros de nascimento em 2023 ocorreu entre mães de 25 a 29 anos de idade na ocasião do parto. Isto corresponde a 641.180 registros. Em seguida, está o grupo de 20 a 24 anos, com 594.235 nascimentos (23,6%) e que apresentou importante recuo: o percentual variou de 31,1%, em 2003, para 25,5%, em 2013, decrescendo para 23,6%, em 2023.