A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comprou 263 mil toneladas de arroz importado em leilão realizado nesta quinta-feira (06).
De acordo com o governo federal, a medida da empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar vai amenizar os impactos do preço do produto ao consumidor final diante da tragédia climática no Rio Grande Sul, estado responsável por 70% da produção nacional do cereal.
Ao todo, a Conab está autorizada a comprar até 1 milhão de toneladas de arroz, mas os leilões serão realizados de acordo com a necessidade da população. Nesse primeiro edital, que autorizava a compra de 300 mil toneladas, 87,7% do leilão foram arrematados.
O produto será comercializado nas regiões do país com maior índice de insegurança alimentar, em embalagem específica e com valor máximo de R$ 4 o quilo, de forma que o preço final não ultrapasse R$ 20 pelo pacote de cinco quilos.
O diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto, afirmou que os preços praticados no leilão estão abaixo da paridade de importação. “Qualquer país, seja do Mercosul ou fora, está abaixo do preço de atacado também, em nível nacional. O preço foi muito ajustado, inclusive até podendo correr risco de não ter êxito no leilão, mas ocorreu o contrário: conseguimos 88% de sucesso de venda dos lotes ofertados."
Segundo Edegar Pretto, presidente da Conab, houve prejuízo em parte da produção das lavouras de arroz, em torno de 17%, e os cereais já colhidos foram impactados pelas águas nos armazéns, além de problemas envolvendo logística e disseminação de peças de desinformação que estimularam os consumidores a estocar pacotes de arroz comprados em supermercados.
“Isso impacta negativamente o mercado, porque houve essa incerteza e nós tivemos uma subida grande nos preços. A Associação Brasileira dos Supermercados nos colocou que avalia que em torno de 14% foi a média de subida dos preços do arroz”, frisou.
A modalidade utilizada no leilão permitiu que empresas brasileiras pudessem participar do certame, ficando responsáveis pela importação, desembaraço e nacionalização dos produtos. As empresas nacionais vão realizar a comprovação da importação, colocando nos armazéns cada lote visando garantir a aceitabilidade dos produtos nos estoques da Conab.
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