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PF prende policiais militares e civis em operação que contra milícia com atuação no Sertão

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta quarta-feira (12), 16 mandados de prisão durante uma operação que visa desarticular uma milícia em Pernambuco.

A operação Metástase mira a associação criminosa do grupo com características típicas de grupo de extermínio, integrada por policiais militares e civis dos estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará que atuava na região do sertão do Estado de Pernambuco, de acordo com a PF.

A atuação do grupo acontecia nos municípios de Salgueiro, Serra Talhada, Ouricuri e Parnamirim e era voltada à prática de crimes violentos contra a vida, além de outras condutas ilícitas relacionadas.

A operação contou com apoio das Secretarias de Defesa Social de Pernambuco, Paraíba e Ceará, conforme informações divulgadas pela PF.

Ao todo, são cumpridos 16 mandados de prisão temporária e 17 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como o sequestro de bens dos principais investigados. 

Dentre os alvos dos mandados está um vereador de Parnamirim, no Sertão. O nome dele não foi divulgado pela Polícia Federal nesta quarta.

Participaram da deflagração da operação 180 policiais federais, além de 50 policiais militares e 09 policiais civis da Corregedorias dos estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará.

Os mandados são cumpridos em Serra Talhada, Salgueiro, Ouricuri, Belém de São Francico, Parnamirim, Brejo Santo (CE), Crato (CE) e Porteiras (CE).

Entre os investigados alvos da operação, pelo menos 11 possuem Certificado de CAC (Caçador, Atirador Desportivo e Colecionador), segundo a PF.

Os crimes investigados são de associação para constituição de milícia privada, homicídio, agiotagem, extorsão, segurança privada ilegal e jogos de azar, cujas penas ultrapassam os 40 anos de reclusão em caso de condenação na Justiça. 

Os presos passarão por audiência de custódia e, posteriormente, serão encaminhados para o CREED (Centro de Reeducação da PM-PE) e o Cotel (Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna).

De acordo com a Polícia Federal, nome da operação faz analogia à capacidade de espalhamento do câncer por outros órgãos do organismo humano.