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Finlândia entra para Otan e Rússia promete retaliação

A Finlândia se torna, nesta terça-feira (4), o membro número 31 da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), uma ampliação que dobrará o tamanho da fronteira da aliança com a Rússia, país que prometeu responder à adesão de Helsinque.

A adesão formal da Finlândia à Otan significa que o país está automaticamente protegido pelo famoso Artigo 5 da aliança, que considera um ataque a um dos países membros um ataque contra todos os integrantes.

Durante décadas e apesar de sua história de tensões com a Rússia, a Finlândia optou por ser apenas um país associado da Otan, mas a ofensiva russa na Ucrânia convenceu o país a abandonar sua política de não alinhamento automático e buscar a proteção da aliança.

Com a entrada da Finlândia, uma consequência direta da invasão russa ao território da Ucrânia, a Otan passa a ter 1.300 quilômetros de fronteira direta com a Rússia. O país apresenta à Otan um contingente de 280 mil soldados e um dos maiores arsenais de artilharia na Europa.

O Kremlin afirmou que este é um "novo agravamento da situação", já que a ampliação da Otan é um "ataque a nossa segurança e aos nossos interesses nacionais”. “Isto nos obriga a adotar contramedidas", disse.

A Finlândia terá sua bandeira hasteada nesta terça-feira na explanada da sede da Otan, em Bruxelas, na Bélgica, o que vai estabelecer de maneira simbólica o processo de integração à instituição.

No ano passado, após a invasão da Rússia ao território da Ucrânia, os países da Otan convidaram formalmente Finlândia e Suécia a aderir de maneira total à aliança. A Suécia ainda precisa negociar, já que sua candidatura de adesão é vetada no momento por Turquia e Hungria.