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ONG de acolhimento de menores vira ponto de prostituição de adolescentes; polícia detém seis pessoas em Paulista

Uma organização não-governamental (ONG) que funcionava como centro de apoio para menores virou ponto de prostituição de adolescentes, em Paulista, no Grande Recife. Segundo a Polícia Civil, meninas faziam "programa" e os frequentadores pagavam dinheiro para permanecer no local.

Após uma denúncia anônima, quatro homens e duas mulheres foram detidos durante uma operação da Polícia Civil. As mulheres tinham 19 e 20 anos. Uma das pessoas presas foi o presidente da ONG, autuado em flagrante.

A Polícia Civil divulgou o caso nesta terça (21) e informou que as prisões aconteceram no sábado (18). A operação foi denominada "Pool Party", que, em português, significa "festa na piscina".

A denúncia foi feita ao Ministério Público de Pernambuco em fevereiro, quando começaram as investigações.

"Apurou-se que os frequentadores pagam uma quantia para permanecerem no local, sendo o valor do 'programa' a ser combinado com as próprias adolescentes", disse a polícia, por meio de nota.

Também foram levadas à delegacia duas adolescentes, de 17 e 14 anos. 

Os crimes investigados são favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, além de fornecimento de bebida alcoólica a adolescente, delitos pelos quais o presidente da ONG foi autuado.

A polícia disse, também, que, com base nos interrogatórios, depoimentos e escutas especializadas colhidos no decorrer da deflagração da operação, "comprovou-se a prática dos crimes investigados".