A greve de pilotos, copilotos e comissários chegou ao quinto dia nesta sexta-feira, provocando filas e atrasos em aeroportos na antevéspera do Natal.
Desde a segunda-feira, a paralisação ocorre diariamente entre 6h e 8h nos aeroportos de São Paulo (Congonhas, Guarulhos e Viracopos), Rio de Janeiro (Galeão e Santos Dumont), Porto Alegre, Belo Horizonte (Confins), Brasília e Fortaleza.
Os tripulantes rejeitaram na noite da quinta-feira a primeira proposta patronal desde o início da greve, que oferecia reajuste da inflação pelo INPC (5,97%) e mais 1% de aumento real, em resposta à reivindicação de 5% da categoria.
A última proposta patronal, apresentada no fim de semana, era de 0,5% de aumento real. A negociação é mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determinou ao sindicato que ao menos 90% do efetivo de tripulantes permaneça em suas funções durante a greve.
Até as 8h desta sexta, os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont apresentavam, cada um, 15 atrasos e cinco cancelamentos, segundo painel no site da Infraero. Em Guarulhos, havia dois voos com atraso.
O Aeroporto Internacional de Confins, na Grande Belo Horizonte, apresentava quatro atrasos e três cancelamentos. Já em Brasília, o painel exibia um voo atrasado.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender, afirmou que a categoria estuda ampliar, nos próximos dias, os horários de paralisação caso não haja acordo com as companhias aéreas.
“As empresas precisariam endereçar tanto a parte salarial quanto a questão das folgas. Se elas não podem fazer ambas, podem escolher uma reivindicação e atender na integralidade. O que veio foi um aumento real de apenas 1% sem nenhum endereçamento das cláusulas sociais”, afirmou Henrique.
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