Em votação no Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) encerrada neste domingo (25), pilotos e comissários aprovaram a proposta de reajuste salarial com ganho real de 1% mais reposição inflacionária, colocando fim a uma greve que durou cinco dias, com atrasos nas decolagens, afetando centenas de voos pelo país na semana que antecedeu o Natal.
A greve teve início na segunda-feira, dia 19, com atrasos diários nas decolagens pelo período de 6h às 8h, e durou até sexta-feira à noite, quando teve início a votação da nova proposta apresentada pelas companhias aéreas.
A categoria entrou na mesa de negociação, mediada pelo Ministério Público do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho, demandando reajuste salarial pelo INPC mais 5% de ganho real, além da renovação da convenção coletiva e mais a adição de algumas cláusulas sociais.
As empresas já tinham oferecido 1% de ganho real na quinta-feira, além da reposição total da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 5,97%, mas a proposta foi rejeitada.
Na proposta aprovada neste domingo, as empresas ofereceram um reajuste de 6,97% — considerando inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mais 1% — sobre todas as cláusulas econômicas, como salários fixos e variáveis, diárias nacionais (diárias internacionais não entram no reajuste), vale-alimentação, piso salarial, seguro, entre outros.
A proposta também requer folgas com horários definidos publicadas em escala — mudanças, dependendo da situação e do tempo de antecedência de aviso, podem gerar multas de R$ 500.
Nos cinco dias, a paralisação ocorreu nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Guarulhos (SP), Galeão, Santos Dumont (ambos no Rio), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Grande Belo Horizonte).
Segundo o sindicato dos aeronautas, foi a paralisação mais longa na história da categoria.
"Essa proposta pode não parecer o melhor dos mundos, e não é. O melhor dos mundos é a gente se sentar a uma mesa de negociação com respeito da outra (parte), e não é o que acontece", disse a diretora de administração e finanças do SNA, Lília Cavalcanti.
A nova proposta foi aprovada por 70% da categoria. Participaram da votação 5.834 tripulantes.
SIGA NOSSAS REDES