Estudo feito no Reino Unido mostra que três quartos das pessoas hospitalizadas apresentam o quadro chamado de "covid longa", quando os sintomas da infecção respiratória perduram após a fase aguda
Só um quarto dos pacientes hospitalizados com covid-19 se recuperou totalmente um ano após a alta, aponta novo estudo feito no Reino Unido. A pesquisa foi publicada no portal especializado The Lancet Respiratory Medicine no último sábado (23/4). De acordo com os autores, “não existem intervenções farmacológicas ou não farmacológicas eficazes para pacientes com covid longa”, por isso, o artigo se debruçou sobre a descrição da recuperação das pessoas com o passar do tempo.
Para tanto, foram avaliados dados de 2.320 pessoas que saíram do hospital entre 7 de março de 2020 e 18 de abril de 2021. Os pesquisadores avaliaram o estado de saúde dos voluntários através de um questionário de autodescrição, além de testes de capacidade física e exames clínicos das funções de diversos órgãos. A recuperação foi descrita como “limitada” e a queda na qualidade de vida como “impressionante” pela doutora Rachael Evans, líder do estudo.
“Descobrimos que o sexo feminino e a obesidade foram os
principais fatores de risco para não se recuperar em um ano… Em nossos
aglomerados, o sexo feminino e a obesidade também foram associados com
deficiências de saúde contínuas mais severas, incluindo desempenho
reduzido em exercícios físicos e qualidade de vida”, detalhou a
cientista.
Os sintomas de longo prazo mais comuns de covid foram fadiga, dores musculares, lentidão física, falta de sono e falta de ar. De acordo com a coautora Louise Wain, os achados mostram “necessidade urgente de serviços de saúde para apoiar essa grande e crescente população de pacientes na qual existe uma carga substancial de sintomas”.
Ela alerta para o risco de um novo estado crônico
difundido por todo o mundo. “Sem tratamentos eficazes, a covid longa
pode se tornar uma nova condição de longo prazo altamente prevalente.
Nosso estudo também fornece uma justificativa para investigar
tratamentos para covid longa com uma abordagem de medicina de precisão a
fim de direcionar os tratamentos ao perfil do paciente individual”,
complementa.
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