O PSB formalizou, na manhã desta sexta-feira (8), a indicação de Geraldo Alckmin como candidato à vice-presidência da República na chapa com o ex-presidente Lula (PT).
O anuncio foi feito em um evento, em São Paulo, que contou com a presença de lideranças dos dois partidos.
O ex-presidente Lula chamou o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de "companheiro" durante discurso em evento que oficializou a indicação de Alckmin como vice-presidente na chapa com o PT nas eleições presidenciais de 2022.
"Alckmin, você será recebido como um velho companheiro dentro do nosso querido partido dos trabalhadores", disse Lula.
Alckmin abriu os discursos da reunião, e referiu-se ao ex-presidente inicialmente de maneira mais formal, como "senhor", e defendeu a união de esforços para redemocratizar o país.
"Política não é uma área de solitária, a força da política é centrípeta, nós vamos somar esforços aí pra reconstrução do nosso país. É lamentável, eu que entrei na vida pública, presidente Lula, como o senhor, lá atrás, para redemocratizar o Brasil, nós temos hoje um governo que atenta contra a democracia e atenta contra as instituições e o que melhor define as nações que vão bem é exatamente ter boas instituições, o inverso de boas instituições é autocracia, então o governo do “eu quero”, do “eu faço por cima da lei”, da vontade própria e do interesse público, do interesse do povo, o resultado é a maior crise das últimas décadas, violência e fome, violência e miséria", disse o ex-governador.
Em carta entregue pelo PSB ao PT, entretanto, Lula também é citado como "companheiro".
"Não temos qualquer dúvida de que é o companheiro Lula quem reúne as melhores condições para articular forças políticas amplas, capazes de dar à resistência democrática a envergadura que permitirá enfrentar e vencer o bolsonarismo", diz trecho da carta entregue pelo PSB ao PT.
O PT começa a discutir a aliança formal entre Lula e Alckmin na próxima reunião virtual do Diretório Nacional, marcada para 14 de abril. Porém, a formalização da aliança para efeitos estatutário e de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ocorrer apenas em 4 e 5 de junho, quando está marcado o Encontro Nacional da sigla. Nessa data, o PT também vai ratificar as alianças do partido nos Estados, segundo a assessoria da legenda.
O encontro marca a pré-campanha de Lula.
Em seu discurso, Lula ainda afirmou que, uma vez selada a aliança, o PSB será chamado para participar da elaboração do programa de governo e que o foco da aliança é para não apenas ganhar as eleições, mas "recuperar" o Brasil.
"É importante o PSB saber que na hora que for selada a definição do Alckmin vice, vocês vão participar da elaboração do programa de governo, vão participar da combinação da montagem do governo e, antes disso, a gente vai ter que combinar como ganhar essas eleições, porque é importante saber que se essa chapa for formalizada, não é só pra ganhar as eleições, talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa que nós teremos pra frente de recuperar esse país, nós vamos conversar com toda a sociedade brasileira".
Além do ex-presidente Lula e de Geraldo Alckmin, participam do evento o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito de SP, Fernando Haddad (PT), além do ex-governador de SP, Márcio França (PSB).
No contexto de negociação para a disputa presidencial deste ano, Alckmin e Lula apareceram juntos pela primeira vez no final de 2021, em jantar organizado por grupo de advogados em São Paulo.
Informações: G1
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