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ANTT suspende todas as linhas da viação Itapemirim

 

 


 

 

 A Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) anunciou, nesta quarta-feira (20), a suspensão de todas as linhas da empresa de ônibus.

A Itapemirim, que está em recuperação judicial, vive um dia crucial para a empresa nesta quarta, dia em que vence o prazo dado na última segunda-feira pelo juiz João Rodrigues Filho, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, para que a marca apresente o aditivo de seu plano de recuperação judicial.

Caso a documentação não seja entregue, o magistrado vai decretar a falência da empresa. A companhia teria de realizar uma assembleia de credores nesta quarta para a deliberação do aditivo que não foi apresentado ainda.

A portaria da ANTT é uma medida cautelar (provisória). A decisão, publicada no Diário Oficial da União, vale até que haja decisão do mérito sobre irregularidades da situação da empresa e de seus ônibus.

O texto permite qua a Itapemirim realize viagens já vendidas por 30 dias, contados a partir desta quarta-feira.

Em 31 de março, a ANTT já havia suspendido a maioria das linhas regulares da empresa, mas manteve 26 delas, incluindo rotas que partem de São Paulo e Rio de Janeiro para capitais de estados do Nordeste como Fortaleza, São Luis e Aracaju.

Uma das empresas de ônibus mais tradicionais do país, a Itapemirim não tem pago funcionários nem cumprido seu plano de recuperação judicial. Somente na dívida fiscal, a pendência supera os R$ 2 bilhões.

A viação é controlada atualmente pelo empresário Sidnei Piva, que foi afastado da gestão da empresa pela Justiça após questionamentos de credores por, entre outras medidas, supostamente desviar recursos dela para financiar a criação da linha aérea Itapemirim Transportes Aéreos (ITA).

Na última segunda-feira, Sidnei Piva teve seus bens bloqueados por suspeita de dilapidação do patrimônio da Itapemirim.

A companhia aérea ITA operou por seis meses no segundo semestre do ano passado e colapsou em 17 de dezembro por dívidas com fornecedores e funcionários. O passivo chega a R$ 180 milhões.

A empresa foi vendida na semana passada à empresa Baufaker Consulting, localizada em um coworking em Taguatinga, em Brasília, em transação que tem sido questionada pela administradora judicial da recuperação judicial da Itapemirim, a EXM Partners.

Desde o último dia 13 de abril, a Itapemirim está sem presidente porque o executivo que assumiu o cargo quando Sidnei fora afastado, Florisvaldo Hidinik, entregou o posto sem ser substituído.

 

Informações: Central de Notícias - Vetor Comunicação