O conclave para a escolha do novo Papa inicia nesta quarta-feira (7) com uma série de rituais e procedimentos cuidadosamente planejados.
O dia começou às 5h (horário de Brasília) com a missa “Pro Elegendo Pontifici”, dedicada à eleição do novo pontífice.
Às 11h30 (horário de Brasília), os 133 cardeais votantes entrarão na Capela Sistina, marcando o início formal do conclave. Antes da votação, realizarão juramentos coletivos e individuais, um procedimento que reafirma o compromisso com o sigilo e a seriedade do processo.
A partir deste momento, os cardeais ficarão isolados até a escolha do novo Papa.
Apenas uma rodada de votação será realizada nesta quarta. Alguns desses votos do pleito inaugural são simbólicos, oferecidos como gestos de respeito ou amizade antes que a votação mais séria comece no dia seguinte.
Como são necessários dois terços (ou 89) dos votos dos 133 eleitores, a escolha de um papa "de primeira" é improvável.
O primeiro dia, porém, pode apontar os nomes que se sobressaem entre as correntes políticas do Vaticano, impulsionando ou enterrando candidaturas.
A chaminé da Capela Sistina será observada pelo público e pela imprensa. A fumaça branca anunciará que um novo papa foi escolhido, enquanto a fumaça preta indicará que ainda não houve consenso, necessitando de novas votações.
De acordo com a própria Santa Sé, a única fumaça do dia — provavelmente na cor preta preta — deverá sair por volta das 14h, no horário de Brasília.
A duração média dos últimos 10 conclaves foi de 3,2 dias, e nenhum durou mais de cinco. As duas últimas eleições — em 2005, quando o Papa Bento XVI foi escolhido, e em 2013, quando Francisco emergiu vencedor — foram concluídas em apenas dois dias.
A expectativa, portanto, é de que amanhã ou sexta haja um novo papa.
Amanhã, poderão ser realizadas até quatro rodadas de votação, assim como na sexta-feira (9). O conclave ocorre ao longo de quantas rodadas de votação forem necessárias. Se os cardeais da Igreja Católica não tiverem escolhido um novo papa até o terceiro dia do conclave, então as coisas não estarão saindo como planejado.
Conclaves curtos, encerrados em poucos dias, projetam uma imagem de unidade, e a última coisa que os cardeais de vestes vermelhas querem é dar a impressão de que estão divididos e que a Igreja está à deriva após a morte do Papa Francisco, no mês passado.
Caso a fumaça branca não saia em três dias, as votações serão interrompidas por 24 horas para que os cardeais tenham um período de oração e reflexão e depois o escrutínio é retomado.
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