Aeronautas iniciam nesta segunda-feira (19) a greve nacional definida pela categoria em assembleia-geral do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) na quinta-feira (15).
A categoria reivindica a recomposição das perdas inflacionárias e melhorias nas condições de trabalho, como a definição do início dos horários de folgas e proibição de alterações nas mesmas.
Segundo a categoria dos aeronautas, a greve será por tempo indeterminado nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza. O acordo ainda está em negociação entre o sindicato e as companhias aéreas. A paralisação não atinge voos com órgãos para transplante, vacinas e pacientes em atendimento médico.
O sindicato argumenta que as reivindicações são devido aos altos preços das passagens aéreas, que têm gerado crescentes lucros para as empresas de aviação. Em nota, o SNA diz que “conta com o apoio da sociedade e com o bom senso das empresas aéreas para evitar transtornos“. A greve pode ocasionar um efeito cascata de atrasos e possíveis cancelamentos de voos.
A ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Maria Cristina Peduzzi decidiu na sexta-feira (16) que deve ser garantido o mínimo de 90% de pilotos e comissários em serviço durante a greve. A decisão foi motivada por uma ação do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias). Na decisão, a ministra negou o reconhecimento da abusividade da greve, mas determinou que deve ser mantido um percentual mínimo de aeronautas em serviço.
Os aeronautas reivindicam recomposição das perdas inflacionárias, além de ganho real nos salários e benefícios. O sindicato da categoria argumenta que os altos preços das passagens aéreas têm dado crescentes lucros para as empresas.
Os profissionais do setor ainda pedem melhorias nas condições de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, com a definição de horários de folgas e proibição de alteração das mesmas, além do cumprimento dos limites pré-estabelecidos de tempo em solo entre voos.
SIGA NOSSAS REDES